«Não é sinal de saúde estar bem adaptado a esta sociedade doente»
Jiddu Krishnamurti
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Lugar de todos
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Decisões...
Não foi exactamente esse o rumo que segui, e pela escolha, também não carrego culpa.
Tenho duas filhas, já adultas, e hoje posso dizer-lhes sem facilitismos, ou palavras bonitas, porque é que nem sempre, fui tão doce quanto gostariam, e porque é que impunemente, de quando em vez, o “NÃO” perentório, escamoteava as minhas inseguranças.
O mundo da forma que está, não foi feito para facilitar a minha tarefa de mãe-trabalhadora.
Quando engravidei da minha primeira filha, a ideia de parar de trabalhar, nem me passou pela cabeça.Primeiro porque precisava de dinheiro, e ainda mais, depois de a ter nos braços... O trabalho era parte integrante de minha vida, bem como a empreitada materna, estando descartada a hipótese de eliminar qualquer uma destas obrigações.
Sei da luta interior, que enfrentei, para me permitir aquilo que para qualquer homem, é apenas um processo natural: o direito ao trabalho.
Decidi por isso, que trabalho e eu viveríamos em comunhão, tentando a maior harmonia possível.
E foi a partir do momento, em que a minha primeira filha nasceu, que comecei a educá-la.
Não ensinei a um bébé de um dia, elementos de etiqueta, não lhe disse que não deveria pôr o dedinho no nariz, mas iniciei logo um processo de amor, e que ela era muito amada, e essa era razão, fundamental da sua presença no mundo.
E daí por diante, quando decidi que teria mais filhos, e nasce a minha segunda filha, o processo desenvolve-se de forma natural, sempre a fazer questão de transmitir que o trabalho da mãe, não era, nem nunca se tornaria num empecilho, que pudesse de algum modo, sobrepor-se ao amor que por elas tinha.
Quantas vezes ao ir para o trabalho, as duas me pediam para não ir e para ficar com elas a brincar, quantas vezes, quando alguma delas, doente, teve que ficar com alguma das avós, para eu passar o dia trancada no escritório? Cheguei a sentir-me a mais sinistra das mulheres.
Fiz questão de estar presente em pelo menos uma das refeições diárias, de acompanhar o trabalho da escola de estar com elas ao encerrar do dia , deitá-las na cama e combinar o fim de semana seguinte.
E pergunto-me agora, que mãe teria sido eu se tivesse deixado de trabalhar em prole das crianças?
Vejo-me estranhamente empobrecida. Sem trabalho teria sido por certo um ser humano mais pobre, dependente, e a dependência é sempre empobrecedora.
E estando eu reduzida ao pequeno mundo doméstico, que educação poderia trasmitir às minhas filhas? Não censuro todavia, as mães que por opção de vida entenderam que o melhor seria acompanhar os filhos desde o acordar, até à oração da noite.
Educação é palavra traiçoeira. Qualquer pessoa pode ser socialmente bem educada, sendo animicamente desprezível. É tempo de repensarmos o que quer dizer “educar”, e penso que essencialmente é o transmitir “um modo de vida”.
No meu conceito, as minhas filhas estão bem educadas, tornaram-se mulheres capazes, actuantes,dinâmicas, uma delas já é mãe, sem que para isso anulasse a sua participação na sociedade.
Não, não fui uma mãe ideal, e as minhas filhas até já descobriram o manancial dos meus defeitos, servem-se à fartazana, mas se eu não tivesse tido o meu próprio combóio, será que teria sido melhor educadora?
Juntas o dia inteiro, fermentaríamos os meus defeitos, num desgaste fatal para a nossa relação, e eu não ficaria mais mãe apenas pela kilometragem. Não creio que hoje conhecendo-me muito bem, me teçam um hino de louvores, mas vivo tranquila, pois o universo “dos bons modos”, é um problema que preocupa apenas as mentes dos “poucochinhos”!!!
Quero aqui também deixar uma palavra, ao amor de PAI, pois sem a sua ajuda, criar as mulheres que hoje temos, era tarefa bem mais difícil.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Dir-te-ei sempre
you're my shelter from troubled winds
You're my anchor in life's ocean
but most of all you're my best friend
terça-feira, 14 de setembro de 2010
500 anos de Retratos de Mulheres.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Vida própria
Será do tico e do teco?
Será porque alguns de nós conseguimos ter vida própria, e outros alguns gostariam de conseguir ter vida?
Conselho: Arranjai vida, minha gente... A vossa própria VIDA !
terça-feira, 7 de setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
Coragem, onde moras?
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
"A gota de ouro"
Pinto a verdade.
A minha honra chama-se fidelidade."
O autor toca num dos pontos mais decorrentes da nossa época: a tendência das massas em se fixarem num mundo de fantasia, falsidade, e plástico…
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Estratégia de distracção
A principal frente de incêndio, não são as altas labaredas com que se debatem as "gentes", mas sim o absurdo pacifismo com que enfiamos os barretes, que minuto a minuto nos oferecem!
domingo, 29 de agosto de 2010
Animação sobre Comportamentos Obcessivos/ Animation Obsessive Behaviors
No meu mundo, entra quem eu deixo e permanece quem merece.
Aqui: o meu conselho para alguns, sem menosprezo por estes trabalhos.
Pragança
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
O que é estar só?
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Porque não desisto
Não foi formatado para me dar a conhecer ao mundo. Até porque grãozinho que sou, despercebida gosto de circular por aí.
Raramente, mas muito por acaso, comento em blogs, até porque nada me reserva o direito ou obrigação de dizer se concordo ou não com o que escrevem. Todos somos livres! Daí que fomentar amizades ou o contrário na blogoesfera, não é nada que particularmente me alicie.
Gosto de amizade "olho no olho", sentir o outro. E as palavras mentem, como todos sabemos.
Difícilmente invisto nestas experiências,até porque quase sempre que conheci alguém por aqui, tornou-se desilusão, porque as palavras são, um dos mais belos veículos da mentira, e nada, mas absolutamente nada me apela à agressão, aquela que explode por vezes à nossa revelia, deixando o outro magoado e nós mesmos perplexos.
Daí que a exigência de seguidores se torne nula.
Escrevo para mim. Vou rabiscando o que me apetece, e aquilo que outros escreveram e alguma coisa me diz.
Gosto do Sol e o seu calor, eu sinto na pele.
Esta coisa virtual, é fria e demasiado calculista, apesar da elegância com que a maioria se delicia a deixar comentários por aqui e por ali e a contar seguidores.
Esse não é o fio condutor.
A linha, é ser verdade na mensagem.
Vou continuar, apesar das mágoas que este blog já me deu...
sexta-feira, 18 de junho de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010

(Dummond de Andrade)
Não creio que alguém, possa ter muitas e grandes amizades que perdurem pelos tempos do viver.Uma grande amizade, não é fácil. É preciso querer, cultivar e ter dedicação necessária, para poder superar momentos de crise.Nem sempre a amiga fiel da infância e juventude é nossa melhor defensora na vida.No nosso universo diário vamos encontrando pessoas com as quais harmoniosamente podemos acomodar ideias e afectos, que com o passar dos tempos tornam-se ligações distintas, não perdendo todavia a mesma classificação: - “amizade”.Quando adolescente, temos a amiga, que é um ouvido, não um repressor. A grande mecânica das confidências começa cedo, não contamos um segredo à nossa mãe. Mãe é Lei, a mãe assusta-se, escandaliza-se, esperneia, castiga, conta ao pai. A mãe, é nessa altura, o pior terreno para plantar confidências.Com a amiga, fazemos o intercâmbio do “top secret”, da camisola, do livro, do baton, da sofreguidão de contar as mesmas coisas, pela décima vez , vamos bordando e tecendo sobre tudo e sobre o quase nada. A amiga ouve e entende, ela tem segredos semelhantes, como tal acompanha-nos.Nessa fase de permuta de identidades, a vergonha desfaz-se. Não há vergonha da amiga!Nas amizades mais longas, o entendimento é tal, que com facilidade chegamos com meias palavras, lá onde os outros não chegariam nem com muitas palavras inteiras.Mas nós vamos crescendo, e nem sempre da mesma forma.Adquirimos novos hábitos, temos novos interesses, vemos a vida de novas formas, e por vezes criamos outras amizades paralelas, que desgraçadamente se confundem com a “amiga dos segredos”.Estabelece-se então um jogo de intrigas e competição, coloca-se no plano das vitórias pessoais, a conquista dos outros. É o momento das frases venenosas, do diz-que-disse, dos recados malévolos, e aí iniciamos uma nova etapa de conceito de amizade.Começamos a sentir-nos um trapo, a ternura que dedicámos à amiga , tem que ser revista, para que não fique uma amiga a reboque da outra.Já em idade adulta, aprendemos que a amizade, não precisa de exclusividade para ser mais forte, não temos que telefonar, sem um motivo prático, podemos viver na mesma cidade,e estarmos juntas só duas vezes por ano.Uma grande ligação, pode por vezes decepcionar-nos acidentalmente, pode enfraquecer as expectativas da adolescência, mas não culpemos a amizade, mas sim o nosso discernimento.Fica-nos a certeza que com o amadurecimento e com o tempo, a selecção torna-se mais fácil, e poderemos saber então, com segurança, quem virá conosco até ao fim.
quinta-feira, 27 de maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010
O MENINO GRANDE
Também eu, também eu,
joguei às escondidas, fiz baloiços,
tive bolas, berlindes, papagaios,
automóveis de corda, cavalinhos...
Depois cresci,
tornei-me do tamanho que hoje tenho.
Os brinquedos perdi-os, os meus bibes
deixaram de servir-me.
Mas nem tudo se foi:
ficou-me,
dos tempos de menino,
esta alegria ingénua
perante as coisas novas
e esta vontade de brincar.
Vida!
não me venhas roubar o meu tesoiro:
não te importes que eu ria,
que eu salte como dantes.
E se riscar os muros
ou quebrar algum vidro
ralha, ralha comigo, mas de manso...
(Eu tinha um bibe azul...
Tinha berlindes,
tinha bolas, cavalos, papagaios...
A minha Mãe ralhava assim como quem beija...
E quantas vezes eu, só pra ouvi-la
ralhar, parti os vidros da janela
e desenhei bonecos na parede...)
Vida!, ralha também,
ralha, se eu te fizer maldades, mas de manso,
como se fosse ainda a minha Mãe...
Sebastião da Gama
sábado, 22 de maio de 2010
Oração pela Familia
Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador!
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
Que eles vivam do ontem, do hoje, e em função de um depois!
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também (bis)
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo, o sentido da vida
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão!
Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos!
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois!
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho,
seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois!
Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor!
Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!
Abençoa, Senhor, a minha também (bis)
Padre Zezinho
Composição: Padre Zezinho
De vez em quando vale a pena olhar a nossa história, e lembrar muito do que nos foi belo.
O Padre Zezinho, acompanhou com as suas orações, através das diversas formas de comunicação uma etapa da minha vida, a adolescência. Durante a época a que pertenci ao Grupo de Jovens da Paróquia, foi também a cantar que aprendi a falar com Deus.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Vonda Shepard
Why does the sun go on shining?
Why does the sea rush to shore?
Don't they know it's the end of the world
'Cause you don't love me any more?
Why do the birds go on singing?
Why do the stars glow above?
Don't they know it's the end of the world?
It ended when I lost your love.
I wake up in the morning and I wonder
Why ev'rything's the same as it was.
I can't understand, no I can't understand
How life goes on the way it does
Why does my heart go on beating?
Why do these eyes of mine cry?
Don't they know it's the end of the world?
It ended when you said goodbye
Don't they know it's the end of the world?
It ended when you said goodbye.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
O amor é o amor

Vamos ficar os dois
a imaginar, a imaginar?..
O meu peito contra o teu peito,
cortando o mar, cortando o ar.
Num leito
há todo o espaço para amar!
Na nossa carne estamos
sem destino, sem medo, sem pudor,
e trocamos - somos um? somos dois? -
espírito e calor!
O amor é o amor - e depois?!
Sou uma mulher amada!
sábado, 15 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Bento XVI

CARTA ENCÍCLICA
CARITAS IN VERITATE
DO SUMO PONTÍFICE
BENTO XVI
“O amor na verdade — caritas in veritate — é um grande desafio para a Igreja num mundo em crescente e incisiva globalização. O risco do nosso tempo é que, à real interdependência dos homens e dos povos, não corresponda a interacção ética das consciências e das inteligências, da qual possa resultar um desenvolvimento verdadeiramente humano. Só através da caridade, iluminada pela luz da razão e da fé, é possível alcançar objectivos de desenvolvimento dotados de uma valência mais humana e humanizadora. A partilha dos bens e recursos, da qual deriva o autêntico desenvolvimento, não é assegurada pelo simples progresso técnico e por meras relações de conveniência, mas pelo potencial de amor que vence o mal com o bem (cf. Rm 12, 21) e abre à reciprocidade das consciências e das liberdades.”
A verdade é que a Igreja, é algo muito superior, aos pecados de alguns dos seus seguidores.
sábado, 8 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Para ti mãe:

ilustração de Jessie Willcox Smith
Pequeno poema
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
Sebastião da Gama
sábado, 24 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
A GUERRA DAS CALÇAS
quarta-feira, 21 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
domingo, 28 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
GOSTO DE FADO III
Raquel Tavares
"Fala da mulher sózinha"
Já estou farta de estar só
Acompanhada de nada
Já estou louca de ser rua
Tão corrida tão pisada
Já estou prenhe de amizade
Tão barriga de saudade
Ai eu ainda um dia irei rasgar a solidão
E nela entrelaçar
O olhar de uma canção
Chegar ao cume, ao cimo, ao alto
Mais longe e mais além
Mas a saber que sou alguém
Na cidade sou loucura
Sou begónia sou ciúme
E eu que sonhava ser rua
Caminho atalho lonjura
Não tenho assento na festa
Sou a migalha que resta.
Ai eu ainda um dia irei rasgar a solidão
E nela entrelaçar
O olhar de uma canção
Chegar ao cume, ao cimo, ao alto
Mais longe e mais além
Mas a saber que sou alguém
Autores:Eduardo Olímpio / Paco Bandeira
Foi mais um dia. Olhei para ti, falei contigo, e nada me mostrou que a vida te sorri.
O olhar vago, para aquele jardim, cheio de flores,de que tanto gostas, entristece-me.
A mão, que já não aperta a minha, como que a dizer-me que estás feliz por me ver, está inerte.
Volto-me de costas, choro, e penso:
"Por algum motivo, Deus te estará a dizer, que apesar de tudo, vale a pena estares aqui ao pé de nós."
Não quero que me vejas chorar, quero rir, e mostrar-te a esperança, mesmo que desconheça, se ainda sabes o que é.
domingo, 21 de março de 2010
Ei-la que chega; A PRIMAVERA
“A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
…
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos… . Os casulos brancos das gardénias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efémera.”
quarta-feira, 17 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
domingo, 7 de março de 2010
GOSTO DE:
"queria de ti um país de bondade e de bruma
queria de ti o mar de uma rosa de espuma"
Mário Cesariny
terça-feira, 2 de março de 2010
UM AMOR
segunda-feira, 1 de março de 2010
Mãos

Mãos, no Museu Rodin, foto de Howard Carson
Foto de Pão, de Maurizio Moro
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Adolescencia I
Quando era adolescente, era esta a música que ouvia.
E divertia-me, muito.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Falsa Polidez
domingo, 14 de fevereiro de 2010
ENTENDA-SE ,COMO SE QUISER !
"Inoportuna coisa é a felicidade alheia, quando somos vítimas de algum infortúnio"
domingo, 7 de fevereiro de 2010
GOSTO DE FADO II
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na História
da história da gente
e outras de quem nem o nome
Lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
E a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que tinha a cidade
Já eu percorrera
Ai ... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob a chuva
Há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
Autor; Jorge Fernando - A Chuva
sábado, 6 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
SER O PRIMEIRO DA CLASSE

O facto é que , muitos de nós não estamos preparados.
E isto é um resultado social.
Mas existe outro tipo de resultado, igualmente importante: o resultado individual.
Desde pequenos que fomos ensinados na mesma constante:
- Os bons, serão premiados.
- Os maus, serão castigados.
E nós queremos ser premiados, nem que para isso tenhamos feito, todas as vontades aos nossos pais, primos, avós, professores, amigos dos pais, padrinhos , vizinhos, amigos eu seu lá, um mundo de gente, que nos passa pela vida, e quase inspirados no espírito de um qualquer herói da história, vamos desde cedo fazendo cedências.
“…Naquele dia, não me apeteceu lavar as mãos antes de ir para a mesa, mas o olhar reprovador da minha avó, fez com que cumprisse o hábito de higiene, que me tinham ensinado, embora a água estivesse gelada.”
“…Na aula de desenho, a colega do lado sujou, o desenho geométrico com tinta da china. Prontamente, cheguei-lhe o meu frasco com álcool, fiquei sem ele…precisei também, e já não tinha…”
A certa altura da vida, quando abafados, cansados resolvemos mais uma complicação alheia, percebemos que há muito, abrimos o caminho do sofrimento.
De repente percebemos, que há muita coisa que não entendemos. Que até mesmo as nossas virtudes exacerbadas possam incomodar os outros, diria até que podem pesar como censura.
Então como podemos ser entendidos? Começamos a aprender, outras virtudes para continuar a ser: o primeiro da classe
Isso seria apenas o início da continuidade. Seria preciso perceber que a perfeição é impossível, que é pretensiosa e agressiva, e aqui colocamos o dedo na ferida.
-É urgente aceitar os nossos defeitos.
Reconheçamos que não somos tão perfeitos, como aquilo que temos mostrado ao mundo.
É necessário oferecer aos outros os nossos defeitos, assumindo de vez todos os riscos implícitos. Correndo até o perigo de não sermos amados, de ver uma porta, duas, dez… serem fechadas na nossa cara.
Porque quem nos ama de verdade tem que amar com todos os defeitos expostos, tanto quanto as qualidades.
Então deveremos saber escolher os poucos amores profundos, em troca de tantos amores superficiais.
E uma coisa é certa: esta é uma tarefa que não nos dará o troféu de: ser o primeiro da classe.
sábado, 30 de janeiro de 2010
O QUE FOMOS, E NOS QUE NOS TORNAMOS

"A vida é uma luta entre os seus aspectos revelados e o limbo em que eles se perdem e ampliam até à suprema distância imaginável; uma luta entre a realidade e o sonho, a Carne e o Verbo.
...
Ardemos num incêndio de esperança, para que reste de nós uma lembrança, um fumo que sobe e não se apaga.
domingo, 24 de janeiro de 2010

Nos últimos tempos, preocupava-o sobretudo as misérias das classes - por sentir que nestas democracias industriais e materialistas, furiosamente empenhadas na luta pelo pão egoísta, as almas cada dia se tornavam mais secas e menos capazes de piedade. «A Fraternidade (dizia ele numa carta de 1886, que conservo) vai-se sumindo, principalmente nestas vastas colmeias de cal e pedra onde os homens teimam em se amontoar e lutar; e, através do constante deperecimento dos costumes e das simplicidades rurais, o Mundo vai rolando a um egoísmo feroz. A primeira evidência deste egoísmo é o desenvolvimento ruidoso da filantropia. Desde que a caridade se organiza e se consolida em instituição, com regulamentos, relatórios, comités, sessões, um presidente e uma campainha, e do sentimento natural passa a função oficial - é porque o homem, não contando já com os impulsos do seu coração, necessita obrigar-se publicamente ao bem pelas prescrições dum estatuto.Com os corações assim duros e os Invernos tão longos, que vai ser dos pobres?...»
sábado, 16 de janeiro de 2010

Estou cansado, é claro,
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
A música que continuo a gostar e a ouvir.
O melhor CD que comprei em 2009
O Autor, que o José Rui do Blog Eu Conto me deu a conhecer e já não dispenso, Obrigada JR
Ao meu vizinho do prédio do lado, agradeço o facto de ter comprado um bruto carrito, de o estacionar em frente à casa, de não o utilizar, pois a prestação é alta e o combustível é caro. Assim passeia a viatura de quinze em quinze dias, diz no café, que tem um carrão,mas que está mais magrito,...lá isso está!
Alimento a esperança que o senhor seja um caso raro, ou será que vamos continuar a viver para mostrar ao outro que somos o que não somos, que valemos o que não valemos...