«Não é sinal de saúde estar bem adaptado a esta sociedade doente»
Jiddu Krishnamurti

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Não lembra ao diabo, mas aos papás...

Os papás é que mandam! (?)
Ora aqui está quem pode e manda (e até avalia profs)! .......
(Isto é só uma peq. amostra do que chega diariamente às escolas).



Não falta muito pra vir escrito assim:
" DE: Encarregado de Educação
PARA: professora
MENSAGEM: o meu educando não leva livros porque não lhe apetece ter aulas.
ASSINATURA: o papá "

Este ano já foram recebidas msgs do tipo: "Nao concordo com as faltas que a minha filha tem, porque quando ela falta está comigo.
Portanto, já não falta assim tanto... E este:


Perante isto os Prof. têm direito a escrever , na caderneta, uma mensagem aos Enc. de Educ. a dizer: - não preparei e não dei as aulas que devia, porque estava muito cansado de "recuperar os alunos cansados" para estes acompanharem os outros...

terça-feira, 28 de abril de 2009

À A.R. e P.

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"A melhor maneira de ter bons filhos é fazê-los felizes."

( Oscar Wilde )




À J.

Recados do Orkut

"Há sempre esperança, quando há vida humana."
( Simone Weil )



AMIZADE

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
(Dummond de Andrade)

Não creio que alguém, possa ter muitas e grandes amizades que perdurem pelos tempos do viver.
Uma grande amizade, não é fácil. É preciso querer, cultivar e ter dedicação necessária, para poder superar momentos de crise.
Nem sempre a amiga fiel da infância e juventude é nossa melhor defensora na vida.
No nosso universo diário vamos encontrando pessoas com as quais harmoniosamente podemos acomodar ideias e afectos, que com o passar dos tempos tornam-se ligações distintas, não perdendo todavia a mesma classificação: - “amizade”.
Quando adolescente, temos a amiga, que é um ouvido, não um repressor. A grande mecânica das confidências começa cedo, não contamos um segredo à nossa mãe. Mãe é Lei, a mãe assusta-se, escandaliza-se, esperneia, castiga, conta ao pai. A mãe, é nessa altura, o pior terreno para plantar confidências.
Com a amiga, fazemos o intercâmbio do “top secret”, da camisola, do livro, do baton, da sofreguidão de contar as mesmas coisas, pela décima vez , vamos bordando e tecendo sobre tudo e sobre o quase nada. A amiga ouve e entende, ela tem segredos semelhantes, como tal acompanha-nos.
Nessa fase de permuta de identidades, a vergonha desfaz-se. Não há vergonha da amiga!
Nas amizades mais longas, o entendimento é tal, que com facilidade chegamos com meias palavras, lá onde os outros não chegariam nem com muitas palavras inteiras.
Mas nós vamos crescendo, e nem sempre da mesma forma.
Adquirimos novos hábitos, temos novos interesses, vemos a vida de novas formas, e por vezes criamos outras amizades paralelas, que desgraçadamente se confundem com a “amiga dos segredos”.
Estabelece-se então um jogo de intrigas e competição, coloca-se no plano das vitórias pessoais, a conquista dos outros. É o momento das frases venenosas, do diz-que-disse, dos recados malévolos, e aí iniciamos uma nova etapa de conceito de amizade.
Começamos a sentir-nos um trapo, a ternura que dedicámos à amiga , tem que ser revista, para que não fique uma amiga a reboque da outra.
Já em idade adulta, aprendemos que a amizade, não precisa de exclusividade para ser mais forte, não temos que telefonar, sem um motivo prático, podemos viver na mesma cidade,e estarmos juntas só duas vezes por ano.
Uma grande ligação, pode por vezes decepcionar-nos acidentalmente, pode enfraquecer as expectativas da adolescência, mas não culpemos a amizade, mas sim o nosso discernimento.
Fica-nos a certeza que com o amadurecimento e com o tempo, a selecção torna-se mais fácil, e poderemos saber então, com segurança, quem virá conosco até ao fim.

domingo, 26 de abril de 2009

PARIDADE


A semana passada, na mesa ao meu lado no restaurante, encontravam-se três senhoras a almoçar e à conversa. Suponho que colegas de serviço. Sem querer, e dada a pouca distância, fui obrigada a ouvir a discussão que a seguir descrevo:
- Viram a camisa do chefe? Perguntava uma.
- O que é que tinha? Era azul não era? Questionava outra.
- Eu nem olho para ele, quanto mais para a camisa. Dizia a terceira, com desdenho e impaciência pela conversa que se avizinhava
- Nada disso, tinha a camisa toda amarrotada, mal engomada, parecia tê-la vestido directamente saída da máquina.
- Amarrotado já é ele, por isso nem reparei. Explode rapidamente a que nem olhava o chefe.
- AH! Isso, deve ser a querida mulherzinha, que já nem olha para o maridinho. Coitada também já não deve ter “pachorra”.
- Eu também concordo, se o homem, vem trabalhar assim, ou ela, não lhe liga, ou ele nem se vê ao espelho.
- Isso, não acredito! Pois se o tipo, impesta o escritório de perfume, deve passar um bom tempinho de manhã a olhar para si.
- Queres dizer, que a santa, não é boa engomadeira?
- Se calha…!
….
A cavaqueira nem era sequer interessante, mas por associação de ideias, veio-me à lembrança a nossa célebre Lei da Paridade.
Diz a mesma que : “…Entenda-se por paridade, para efeitos de aplicação da Lei, a representação mínima de 33,3% de cada um dos sexos das listas…”.
….
Nada me conduz contra qualquer espécie, e muito menos a minha, mas será que nos dias de hoje a prosa atrás relatada, abona de alguma forma nas qualidades femininas? Creio que abate pela raiz qualquer boa intenção de paridade.
Enquanto existirem mulheres, cujo pensamento se limita “ao vinco da camisa mal engomada”, não me parece que estejamos bem representadas.
Há que mudar mentalidades.
Há que combater o formato “mulher/casa”, “homem/profisional-mentor”.
Não precisamos e inverter situações, existe é a necessidade de lado a lado construirmos uma nova sociedade, onde todos possamos ocupar os mesmos espaços de vivência, pois as capacidades não se classificam pelo género.
E quando este modelo estiver instalado, a dita Lei estará fora de prazo, e a percentagem deverá ser de 50 % e não 33,3%.

sexta-feira, 24 de abril de 2009





Não posso deixar de fazer um post sobre a data.


Há 35 anos, foi com alguma surpresa, que estranhamente não acordei com o despertador, mas com os meus pais a dizerem-me, que naquele dia não poderia sair de casa.
Não havia liceu. Frequentava eu o antigo 7º ano, já lá não deveria estar, mas a preguiça e a rebeldia da idade, tinham-me oferecido, até aquela data, dois valentes chumbos.
Oh, que maçada! Mais umas horitas na cama.
Não foi bem assim.
O rádio gritava a Liberdade, a Tv mostava os soldados em comunhão com o povo, não conseguia descançar, pelo que me apressei a perguntar o que é que se passava.
O meu pai, homem já politizado, pois a PIDE já lhe tinha dado umas boas coronhadas, aquando da cadidatura de Humberto Delgado, explicou-me porque é que ralhava comigo quando eu regaladamente lia os Jornais, que se passeavam por essas alturas ,pelas casas de banho do liceu, o célebre MAEESL. Por aquela época eu gostava do que lia, até concordava, mas não tinha ainda muito bem a noção da máquina, que me impedia de absorver aquilo tudo livremente.

Os cravos permitiram-me o saber, para formar opinião.

Foi maravilhoso poder participar, no primeiro 1º de Maio, poder fazer parte daqueles, que votaram livremente após a queda do Estado Novo.

Participar. Mas participar sem fundamentalismos, aliáz, é doutrina que não me atrai.

A minha luta pela equiadade, não terá por certo efeito, dentro da minha geração, mas acredito e desejo que os meus netos possam viver num Portugal melhor, e para isso luto contra os heróis de hoje que veladamente e em nome da democracia, que supostamente defendem,nos querem tornar amebas.

Enquanto puder, continuarei a defender a Democracia, como Estado de Direito.


Livros

Foi preciso amadurecer, para perceber, o mecanismo da literacia.
Um livro é mais que um amigo,uma companhia,um espelho... Um livro pode conter vivências, emoções, ódios, amores, tudo o que a mente nos agenda.
Um livro pode ser a origem do nosso estar.
Um livro, não será nunca feito de silêncios.

terça-feira, 14 de abril de 2009

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Quantas vezes ouvi, em tom de velada repreensão, sábias vozes femininas, dizerem que o lugar da mulher é no lar, especialmente se a nobre tarefa da maternidade lhe bateu à porta.
Não foi exactamente esse o rumo que segui, e pela escolha, também não carrego culpa.
Tenho duas filhas, já adultas, e hoje posso dizer-lhes sem facilitismos, ou palavras bonitas, porque é que nem sempre, fui tão doce quanto gostariam, e porque é que impunemente, de quando em vez, o “NÃO” perentório, escamoteava as minhas inseguranças.
O mundo da forma que está, não foi feito para facilitar a minha tarefa de mãe-trabalhadora.
Quando engravidei da minha primeira filha, a ideia de parar de trabalhar, nem me passou pela cabeça.Primeiro porque precisava de dinheiro, e ainda mais, depois de a ter nos braços... O trabalho era parte integrante de minha vida, bem como a empreitada materna, estando descartada a hipótese de eliminar qualquer uma destas obrigações.
Sei da luta interior, que enfrentei, para me permitir aquilo que para qualquer homem, é apenas um processo natural: o direito ao trabalho.
Decidi por isso, que trabalho e eu viveríamos em comunhão, tentando a maior harmonia possível.
E foi a partir do momento, em que a minha primeira filha nasceu, que comecei a educá-la.
Não ensinei a um bébé de um dia, elementos de etiqueta, não lhe disse que não deveria pôr o dedinho no nariz, mas iniciei logo um processo de amor, e que ela era muito amada, e essa era razão, fundamental da sua presença no mundo.
E daí por diante, quando decidi que teria mais filhos, e nasce a minha segunda filha, o processo desenvolve-se de forma natural, sempre a fazer questão de transmitir que o trabalho da mãe, não era, nem nunca se tornaria num empecilho, que pudesse de algum modo, sobrepor-se ao amor que por elas tinha.
Quantas vezes ao ir para o trabalho, as duas me pediam para não ir e para ficar com elas a brincar, quantas vezes, quando alguma delas, doente, teve que ficar com alguma das avós, para eu passar o dia trancada no escritório? Cheguei a sentir-me a mais sinistra das mulheres.
Fiz questão de estar presente em pelo menos uma das refeições diárias, de acompanhar o trabalho da escola de estar com elas ao encerrar do dia , deitá-las na cama e combinar o fim de semana seguinte.
E pergunto-me agora, que mãe teria sido eu se tivesse deixado de trabalhar em prole das crianças?
Vejo-me estranhamente empobrecida. Sem trabalho teria sido por certo um ser humano mais pobre, dependente, e a dependência é sempre empobrecedora.
E estando eu reduzida ao pequeno mundo doméstico, que educação poderia trasmitir às minhas filhas? Não censuro todavia, as mães que por opção de vida entenderam que o melhor seria acompanhar os filhos desde o acordar, até à oração da noite.
Educação é palavra traiçoeira. Qualquer pessoa pode ser socialmente bem educada, sendo animicamente desprezível. É tempo de repensarmos o que quer dizer “educar”, e penso que essencialmente é o transmitir “um modo de vida”.
No meu conceito, as minhas filhas estão bem educadas, tornaram-se mulheres capazes, actuantes,dinâmicas, uma delas já é mãe, sem que para isso anulasse a sua participação na sociedade.
Não, não fui uma mãe ideal, e as minhas filhas até já descobriram o manancial dos meus defeitos, servem-se à fartazana, mas se eu não tivesse tido o meu próprio combóio, será que teria sido melhor educadora?
Juntas o dia inteiro, fermentaríamos os meus defeitos, num desgaste fatal para a nossa relação, e eu não ficaria mais mãe apenas pela kilometragem. Não creio que hoje conhecendo-me muito bem, me teçam um hino de louvores, mas vivo tranquila, pois o universo “dos bons modos”, é um problema que preocupa apenas as mentes dos “poucochinhos”!!!
Quero aqui também deixar uma palavra, ao amor de PAI, pois sem a sua ajuda, criar as mulheres que hoje temos, era tarefa bem mais difícil.

segunda-feira, 13 de abril de 2009


Não há enganos.
Os acontecimentos que recaem sobre ti,
por muito desagradáveis que sejam,
são necessários para que aprendas
aquilo que precisas aprender.

Cada passo que dás
é necessário para chegar ao local

que escolheste.
Richard Bach

É preciso meditar, sobre nós e sobre o que nos rodeia!
Conclusões, nem sempre somos capazes, façamos, um esforço e vamos conseguir, ter um Mundo Melhor!

terça-feira, 7 de abril de 2009

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Há muitos anos atrás, deu-se à vida, abraçou-a e hoje, as rugas, traçam relevos de rios cruzados no rosto.
Oitenta e seis idades.
Obrigada mãe, pela ousadia, de teres permitido que nascesse.
Obrigada por teres sido bonita, em todas as estações do meu percurso.
Obrigada mãe, pela trincheira, com que sempre amparaste a minha vida.
Obrigada por não teres deixado pelo caminho as esperanças, vindimadas pela má sorte.
Obrigada pela forma como de sogra te converteste em mãe.
Obrigada pela avó e bisavó que és, ensinando a todos nós que o “AMOR”, é obra em permanente construção.
Obrigada mãe, pelo ontem, pelo agora, e que o amanhã, como hoje continue a iluminar os teus cabelos brancos.