«Não é sinal de saúde estar bem adaptado a esta sociedade doente»
Jiddu Krishnamurti

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O que dizer e o que calar...

"Quiet Harmony"

Uma contenda na vida, é fundamental. Sempre desconfiei muito da felicidade real das pessoas, que dizem que os “abalos” não são a sua especialidade.
Mas uma boa briga é extremamente sadia, faz parte da dinâmica de uma boa relação, quando a mesma é sã.
Quando não, não há hipótese, basta um simples devaneio de ideias e os ânimos logo se alteram, e lá se vai dizendo, tudo o que se pensa, cegos de raivas, avança-se, agride-se, insulta-se. E muito dificilmente nos damos por vencidos.
No final, que felizmente acaba por chegar, estamos desfeitos, esvaziados, não tanto pela fúria para com o outro, mas pelo nosso próprio élan destrutivo.
Ficamos em seguida como resíduos difíceis de ser diluídos, dissemos frases violentas, fazemos julgamentos grosseiros dos quais em seguida nem sequer sentimos o menor orgulho.
Se por um lado “esvaziar o saco” nos dá uma sensação de alívio, por outro transmite-nos uma sensação de culpa.
E é justo que a culpa exista, se num momento de descontrolo, se disse coisas, que não se diria até aqueles, que nos são menos simpáticos.
Com o tempo talvez consigamos descobrir que a mesma fórmula de argumento não pode, nem deve ser de igual forma para todos, porque cada um de nós é uno.
Esta será uma sabedoria, aprender, quando as coisas piores, que dizemos a outros , fazem mal, sobretudo a nós mesmos.


6 comentários:

  1. Difíceis são as palavras que não se dizem, e moem, e desgastam, e minam uma relação, apenas porque enquanto não se disserem, entopem as vias por onde as melhores deveriam passar!
    Às vezes uma briga... permite que as pazes sejam feitas!

    Um beijo,
    José Rui

    ResponderEliminar
  2. Como vai Eduarda?
    E as suas netinhas? Desejo que estejam bem e felizes, certamente que estão.
    Este seu texto é muito bonito.
    Sabe, eu quando me zango, bem na verdade sou muito emotiva, reajo por impulso, não paro para pensar, é obvio que não ofendo, não sou assim, mas tenho de dizer tudo que sinto principalmente se sinto que estou a ser injustiçada.
    Penso que tenho uma qualidade se me excedo tenho a humildade de pedir perdão mas na verdade não me calo.
    E sem duvida que como diz o José Rui é o modo de permitir que tudo se esclareça e se façam as pazes.
    Um bom fim de semana para si e familia abraço-a na luz
    Isa

    ResponderEliminar
  3. Maysha
    Como vai?
    EStou-lhe muito agradecida pelo comentário que me deixou.
    Sabe,quando tinha 20 anos era de uma impulsividade extrema, que por vezes deixava mau sabor.
    Agora, a vida ensinou-me a medir as palavras.
    E mesmo assim, quase tenho a certeza que por vezes existem intrepretações distorcidas, pelo que o melhor é calar, mesmo que isso me faça sofrer.
    Apesar de,como diz o ditado "Quem torto nasce, tarde ou nunca se endireita", eu cá vou fazendo o meu caminho, tentando não ferir, mas... às vezes acontece!
    Um grande beijo.

    ResponderEliminar
  4. Jose Rui
    Vou deixar comentário no seu blog.

    ResponderEliminar
  5. Olá,Eduarda :)

    Eu ando a aprender esse silêncio de que fala, pois também fui muito impulsiva, em tempos. Nem sempre com bons resultados.

    Mas há coisas que continuo a não conseguir calar.

    Um abraço.

    ResponderEliminar
  6. A unicidade esta presente em nós, somos iguais sendo diferente,
    Cada um de nós tem a sua forma de “esvaziar o saco” , mas devemos de ter muito cuidado como o fazemos pois a palavra deve de ser usada com cuidado pois é uma faca de dois gumes
    E existem coisas que são ditas que ferem e por vezes destroem uma relação
    beijinhos

    ResponderEliminar