Repara: — a imóvel crisálida
Já se agitou inquieta,
Cedo, rasgando a mortalha,
Ressurgirá borboleta.
Que misteriosa influência
A metamorfose opera!
Um raio de Sol, um sopro
Ao passar, a vida gera.
Assim minh'alma, inda ontem
Crisálida entorpecida,
Já hoje treme, e amanhã
Voará cheia de vida.
Júlio Dinis
Um beijinho grande e até Setembro
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