«Não é sinal de saúde estar bem adaptado a esta sociedade doente»
Jiddu Krishnamurti

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A caminho do caminho

Somos socialmente educados para dar “boa impressão” e a nossa primeira reacção é olhar para o lado e procurar nos outros o efeito dos nossos actos.
No processo de atendimento e entendimento dos desejos, aprendi que deveria manter-me ligada a mim mesma , respeitando aquilo que os outros pensam em vez de me preocupar com o que os demais vão pensar.


Diz-se normalmente que “aprendemos com o sofrimento”, desconfio que é errado.
Eu acho que a sofrer pouco se aprende, nem mesmo a sofrer menos. Admito todavia que pode ser um agente riquíssimo se conseguirmos aprender que do sofrimento podemos tirar lições, ou seja se durante o processo olharmos de frente e procurar ver porque foi causado, como actua em nós, como o recebemos, como aceitamos o mundo quando a sua carga nos esmaga, e finalmente como saímos dele.

Ser feliz, creio, é a proximidade de um conhecimento maior de nós e dos outros, é a possibilidade de uma outra integração no universo.
Será que ser feliz e ter paz interior deveriam ser irmãs?
Não tenho a certeza. E por paz não entendo o acomodar-me, mas sim uma espécie de serenidade que se consegue alcançar, não dominando os próprios conflitos, mas saber conviver com eles, (ou tentar aprender a conviver).
Assim felicidade é de alguma forma sabedoria. Mas há graus de felicidade, bem como há graus de sabedoria, assim arriscaria que uma pequena felicidade pode corresponder a uma pequena sabedoria, ou conhecimento como se queira.
Porque o ser feliz é estar-se voltado para a compreensão do universo, é ser generoso, ter alma aberta, não só para si como para os outros.
E continuando a puxar o fio das explicações, acabo por chegar irrefutavelmente a Deus.
Eu que até achava que era uma católica razoável, cheguei um pouco mais longe.
Afinal ser feliz é ser aceite por Deus e ELE é a felicidade por execelência.


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