«Não é sinal de saúde estar bem adaptado a esta sociedade doente»
Jiddu Krishnamurti

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Luz




















Neste meu recente périplo pelos blogs, tenho percebido, que os mesmos se dividem em variadíssimas classes, existindo um perfil que predomina e me tem obrigado a alguma reflexão. Trata-se da procura insistente do “eu superior” ou da “luz” como lhe quisermos chamar.
Ao que me parece nem toda a mudança ou tentativa da mesma se traduz num romper com o compromisso de vida que nos foi atribuído ao nascer.
Todas as possibilidades existem, nem sempre de acordo com o padrão ensinado. Embarcar na reflexão, pode ser o reconhecimento da provação em falta, da respiração suspensa, da vilanagem inconsciente, da vida de ausência ou até do silêncio perdido. Daí a necessidade de investigar.
Estou longe dessa procura, provavelmente deveria, e parece-me que a evolução, vou chamar-lhe assim, resulta duma impossibilidade durável de manter a vida real, até ali vivida.
Num piscar de olho, e de fácil entendimento, reconhece-se que o heroísmo no quotidiano, se torna violento para aquele que o pratica, pelo que resistir à pressão dos círculos próximos é difícil. Daí o encosto à espiritualidade.
Não me choca que as pessoas se queiram tornar melhores seres humanos, mas as ausências imaginadas, podem vir no sentido inverso e reclamar aquilo que no nosso dia a dia não se pratica, arrisco dizer, poder ser redutor.
Na generalidade dos casos, raramente a atitude é igual ao discurso.



Também tenho a minha Flor de Lótus dentro da mente, tal como ela, que emerge de águas lodosas e aparece de branco imaculado, também eu sofro metamorfoses, e não serei por isso desprezível.
Reajo simplesmente, e continuo a defender que o melhor do nosso “eu” virá à tona se aceitarmos os outros sem padrões pré definidos. Com todos aprendemos, mesmo que muitos de nós não tenhamos ainda encontrado o caminho da “Luz”.

Sem comentários:

Enviar um comentário